sábado, 15 de maio de 2010

Review do álbum Within a Mile Home - Flogging Molly


Como todo mundo já sabe dos famosos e os clássicos, vamos apresentar aqui os novos e os bons. Sim, a nova geração pode não ser mais o rock 'n' roll bom de escutar, mas conseguem mesclar estilos, ajudando a reinventar a música e desafiam os que acham que a música morreu na década 90.

A partir de agora, mais que antes, nos proporemos a dar mais enfoque a música BOA e não tão conhecida.

Estreiaremos com uma das minhas bandas favoritas: Flogging Molly.

Flogging Molly é uma banda que mistura punk rock com música tradicional irlandesa, também conhecida como música celta. A música celta é muito mais do que o New Age de Enya e Loreena Mckennitt. Tradicionalmente, se usa muito acordeão, banjo, bandolim e foi dela e do Blues que veio o Country tradicional dos EUA, principalmente o Bluegrass, que será abordado em outro post.

Mas não dá para chamar de "Punk Celta" a música do Flogging Molly, pois, diferentemente do Dropkick Murphies e muitos outros, eles não tocam nem Punk nem Celta mas transcendem os dois estilos criando algo inovador e genial.

A banda de Dave King é composta por:

* Dave King – vocal principal, violão, bodhrán, banjo, colheres

* Bridget Regan – violino fiddle, flauta tin whistle, uillean pipes "gaita irlandesa", vocal

* Dennis Casey, and Pat Kenny – guitarra, vocal

* Matt Hensley – acordeão, concertina

* Nathen Maxwell – baixo, vocal

* Bob Schmidt – bandolin, banjo

* George Schwindt – bateria, percussão

* Dylan Straughn - Banjo, Flauta, Vocal Irlandês

* Zack Graham - gaita

O CD Within a Mile Home (2004) é o seu 3º álbum de estúdio, foi feito em homenagem a Joe Strummer e Johnny Cash e conta com uma temática variada, desde músicas de pirata como Queen Anne's Revenge, The Seven Deadly Sins e Tobacco Island, até músicas de saudade e amor como Whistles The Wind, passando até por músicas exaltando Dublin, cidade natal de Dave King.

É um álbum 5 estrelas na minha opinião e 3 estrelas e meia pelo Allmusic.

Curiosidades:

-Don't Let Me Die Still Wondering foi em homenagem a Johnny Cash depois que Dave King ouviu que ele morreu.

-Seven Deadly Sins tem um tributo a Joe Strummer, vocal e guitarra do The Clash, no verso "Johnny strummed his tommy gun". Além disso The Clash tem uma música chamada "Tommy Gun".

-Queen Anne's Revenge era o nome do navio do Barba Negra (sim, ele existiu). A música fala do terror que ele provocava nos outros homens do mar.

Trechos de letras:

"But take my advice; you'll have to bury me twice

Cause the first time I won't rest easily" - Don't let me Die (still wondering)

"Whistles the wind, blowing my way

Sweeping me back, back here to stay

Can winners be losers running on the same track?

Some head for glory, others refresh" - Whistles the Wind

"Drums started beating

None there but the sun and the flu

You can't see the demons

Untill the demons come calling for you" - Queen Anne's Revenge

Por fim, até hoje não li nenhuma letra escrita pelo Dave King que não fosse genial. Para quem gosta de profundidade, esse é o cara para se seguir. Flogging Molly é a prova viva de que a música não morreu, existe muito a ser inventado e bandas excelentes vindo por aí.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Entrevista com a banda Rainha Vermelha

Formada por Digão (Guitarra/Voz), Felipe (Guitarra/Voz), Dedé (Baixo/Voz) e Tiagão (Bateria), a banda Rainha Vermelha vem buscando o seu espaço na cena independente da capital federal. Abaixo está uma ótima entrevista com a banda

Como a banda começou?

Eu (Digão) e o Dedé nos conhecemos mais ou menos em 2001, ainda na escola, o Sigma. Na época eu tocava em uma banda chamada “16kcal” e o Dedé tocava em outra, chamada “Fragmento”. Nós dois curtíamos basicamente as mesmas bandas e dividíamos muitas opiniões sobre o Rock e o HC melódico. Lembro que juntamos algumas pessoas para tocar músicas de outras bandas, como por exemplo “Jimmy Eat World”, só por diversão. Mas foi só em 2005 que resolvemos nos juntar para fazer algumas músicas próprias, mas sem ter grandes pretensões. Daí as idéias começaram a fluir demais. Lembro até que em 1 ano fizemos tipo umas 12 músicas. E foi assim que surgiu o Rainha.

De onde surgiu o nome Rainha Vermelha?

O nome é uma metáfora. A Rainha Vermelha representa a pressa do cotidiano, a cobrança excessiva, a necessidade de nunca pararmos, a concorrência com o próximo, as pressões da sociedade...Todas essas coisas que te pegam pela mão e te puxam com força para um lado que às vezes não se sabe ao certo se é para lá que se quer mesmo ir. Você passa a sua vida inteira com um roteiro pronto e é muito difícil sair dele: escola – vestibular – faculdade – concurso – trabalho – casamento – filhos – aposentadoria – morte. Tirando a morte, são admirados os que conseguem atingir essas etapas antes dos outros. O nome da banda é apenas uma figura materializada disso. Tudo por conta da personagem de um livro chamado “Alice através do espelho” do mesmo autor do “Alice no país das maravilhas”, Lewis Carroll. A personagem Rainha Vermelha apressa a Alice dizendo que para sobreviver naquele mundo ela precisava correr cada vez mais e mais rápido, sem poder parar.

O que vocês acham dos estúdios de gravação de Brasília?

Não tenho uma vasta experiência sobre estúdios de gravação por aqui. Mas não podemos deixar de destacar algumas pessoas que vêm crescendo e fazendo trabalhos excelentes com bandas independentes. È o caso do pessoal da FM2AUDIO, que está gravando o nosso álbum e tem feito ótimos trabalhos com outras bandas. O Diego Marx do “Velhos e Usados” também tem feito trabalhos excelentes, como no caso dos discos do “Adi” e do “Perfecto”. Esse pessoal novo ao invés de fazer uma cobrança por hora, como acontece em alguns estúdios antigos, cobra pela produção do projeto todo. Isso facilita muito o trabalho durante a gravação e tira um pouco daquela pressão do relógio de cima dos músicos.

Qual é a opinião da banda sobre a cena independente de Brasília?

Brasília sempre foi o lar de muitas bandas de rock e continua sendo. Hoje em dia se vê muita qualidade nas bandas, mesmo sem a presença de uma grande gravadora ou uma produção mais profissional envolvida. Em nosso meio, as bandas tendem a se ajudar muito, divulgando os trabalhos das bandas amigas, prestigiando-as em shows e dando sempre um apoio muito legal. A gente vê a coisa caminhando melhor para as bandas que possuem muitos amigos. É um movimento de ajuda mútua, que vem a ser até a filosofia do projeto Coletivo Esquina que já está rendendo bons frutos e gerando grandes festivais. A verdade é que sem amigos que te apóiem não dá para sobreviver no meio independente.

A banda almeja um contrato com alguma grande gravadora ou prefere continuar independente?

No Rainha todo mundo trabalha e tem a banda como um hobby, assim como várias outras bandas de amigos nossos. Conheço poucas pessoas que pararam de trabalhar para se dedicar exclusivamente à música aqui em Brasília. Mas, contudo, porém... tenho certeza absoluta que se pintasse uma oportunidade de largar tudo para se dedicar exclusivamente à música, todos mergulharíamos de cabeça na nova empreitada. É o tipo de coisa que todo mundo sonha em conseguir, mas pouquíssimos chegam lá. Que banda dispensaria uma grande oportunidade? Antigamente rolava um certo preconceito com as grandes gravadoras porque descaracterizavam a banda, dando uma cara mais light, mais pop, arruinando completamente a identidade da banda. Mas hoje em dia há mais espaço para a diversidade, apesar de ainda existirem uns padrões meio receita-de-bolo-para-o-sucesso, bem dispensáveis na minha opinião.

Como vocês pretendem usar a internet para a divulgação do novo álbum?

Não sou um expert em divulgação, mas pela internet acho que o que funciona legal é divulgar por sites como myspace, orkut, fotolog, etc. Recentemente até abri um twitter para divulgar o nosso novo single “barcos à deriva”, disponível em http://www.myspace.com/rainhavermelha. Nessa divulgação pela internet tudo vale... e hoje, creio que seria muito difícil fazer um show, mesmo que pequeno, sem a internet. Divulgar um disco então, seria impossível. Hoje eu entendo que essa divulgação pela internet é tão importante quando compor, gravar, ensaiar e mesmo fazer shows. Qualquer esforço nesse sentido é sempre muito bem vindo para uma banda, mesmo que seja através daqueles spams que enchem o saco de todo mundo. Seguindo essa linha da divulgação virtual, também temos a idéia de lançar alguns vídeos tocando as músicas em versões diferentes, mas ainda não conseguimos definir exatamente como faremos isso.

Quais são os projetos futuros da banda?

Vamos finalizar as gravações do disco e lançar outro single virtual no início do segundo semestre de 2010. O lançamento do álbum completo será mais para o fim do ano. Queremos fazer um show de lançamento inesquecível com bandas que significam muito para nós. Depois disso, faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para divulgar nosso trabalho pelo Brasil. Essa é a idéia.

Abaixo vem o vídeo da banda tocando ao vivo a música Coragem:

Se quiserem saber mais sobre a banda, acessem:

http://www.myspace.com/rainhavermelha

http://www.fotolog.com.br/rainharock

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Entrevista com o grupo Piração.com


O grupo Piração.com é formado por: JDR (Voz / Letra / Toca discos), PS (Voz / Letra), Pepo Mc (Voz / Letra), NPX (Voz / Letra). Esta é a primeira entrevista com um grupo de hip hop feita pelo blog.

Como o grupo se formou?

O grupo se formou pela junção de 3 grupos da zona sul de sampa (reflexão Popular/Fusão Perfeita e Dsmc decidimos juntar os grupos e fazer sons juntos e por incrível q pareça deu certo).


Quais foram as principais influências do grupo?

Wu-tang clan / Boot camp click/dilated people/RZO/Sabotage entre outros....


Vocês acham que o hip hop vem tendo o prestígio que merece no Brasil?

O hip hop está voltando agora passamos por momentos difíceis, pois só tem uma rádio que toca rap nacional em sampa e isso é muito difícil pra gente, mas o Piração.com esta superando tudo isso, pois tocamos em eventos que não fazem parte do gênero e isso é muito bom pra gente.


Como vocês avaliam a cena independente de São Paulo?

Muito boa, pois hoje podemos fazer nossas músicas em casa e gravar, temos informações para mandar um disco para fábrica e até lançarmos isso é muito evolutivo, mas a divulgação fica por nossa conta então isso fica um pouco complicado, mas vai melhorar se Deus quiser.

O que o público pode esperar de vocês para este ano?

O lançamento do primeiro disco (A nova safra de som) e o novo site do grupo que está quase pronto e o myspace que já esta no ar.

Para saberem mais sobre a banda acessem:

http://www.piracao.com/

Green Day no Brasil em Outubro

A banda confirmou a sua passagem pelo Brasil este ano.

Confiram as datas dos shows:

São Paulo: 20 de outubro

Rio de Janeiro: 15 de outubro

Porto Alegre: 13 de outubro

Brasília: 17 de outubro*

*Impressionante! um artista internacional de peso em Brasília.

Nova música do Capital Inicial


Depois de três anos sem lançar um álbum só de músicas inéditas, o Capital Inicial lança o primeiro single do álbum Das Kapital:
Depois da Meia-Noite. A música fala sobre um cara que, para amenizar o sofrimento da sua vida, cria "universo onde tudo era perfeito e feito para nós dois", no caso, feito para ele e seu amor.
Para conferirem a música e saberem mais sobre o novo álbum da banda, entrem no site http://capitalinicial.uol.com.br/.
Assim que sair o clipe, eu faço um comentário sobre ele.

Entrevista com a banda 6 por 1


Formada por: João Pedro (Bateria), Queila (Vocal), Eric (Vocal), Clovis C.(Baixo), João Paulo (Guitarra) e Paulinho (Teclado) a banda 6 por 1 tem como objetivo evangelizar através da música. Confiram a entrevista com a banda.

Como a banda se formou?


João Paulo( Guitarrista ) e Clovis (C.Baixo) tocavam na mesma igreja, decidiram montar um projeto para evangelizar através da Musica, formando então o Grupo ‘Adoração Black’ Evangelizaram em alguns lugares com o Ritmo de Black Soul. Alguns Meses depois alguns integrantes tiveram que se ausentar do Grupo. Ficando apenas o Baixista Diego, Violonista Clovis, Wanderson Vocal e João Paulo Guitarra. Com alguns Compromissos já marcados, convidaram o Baterista João Pedro Irmão do Guitarrista João Paulo, mas o mesmo sem influencia na música Black soul, tocava as musicas mais para o lado do Pop rock, mudando então um pouco a cara do Grupo. Em Junho de 2009 entra para o Grupo Queila Robin, que sem nenhuma experiência começou ensaiar. O vocalista Wanderson Deixou o Grupo no final de Julho, então deixando o Vocal Principal para Queila Robin. Mudando literalmente a cara do grupo, que era Black Soul,e ficou totalmente Pop. Tempos Depois o Diego saira da banda e o Clovis Assume o C.baixo e em Agosto 2009 entra para a mais Nova Banda Paulinho no Teclado, e em Novembro do mesmo ano Eric Renan entra para o Vocal Junto com Queila. Atualmente o Genero da Banda é Rock Alternativo.

Vocês acham que a música gospel vem recebendo o prestígio que merece?

Não, embora acho que a musica gospel esta se tornando um 'negócio' para as grandes gravadoras que enxergam os fins lucrativos altos, pelas vendas de Cds e dvds que vem crescendo atualmente, Muitos Cantores Gospel que estão na mídia, acabam esquecendo que o que fazem não é apenas para supri suas necessidades e sim transmitir a mensagem de Deus. Já vi muitos 'POP GOSPEL' não subir no palco por não ter a quantidade de 'público' esperado ou por não ter recebido o altíssimo cachê. Mas isso não se generaliza para todos, existem muitos que são usados realmente por Deus, e tem o reconhecimento e prestigio que Deus permitiu.

A banda tem interesse em firmar um contrato com uma grande gravadora?

Depende muito da proposta, se não mudar o que queremos transmitir é claro que sim, todos querem, seriamos hipócritas se disser que não, mas sabemos que Deus faz tudo na Hora Certa então é só esperar em Deus que ele sabe todas as Coisas


Quais foram as suas principais influências?

Cada Um da Banda tem suas influencias diferenciadas, mas a Banda em si, tem como influencia tanto na musicalmente falando como na mensagem bandas como, Rede ativa, Eyshila, Oficina G3, 4x1, Aline Barros, Hillsong entre outros, misturamos também Reggae e Music Soul.

O que o público pode esperar de vocês para este ano?

Faremos este ano um Evento a Ar Livre, comemorando o 1º Aniversario Da Banda em Agosto, com Muito Som iluminação e partipações especiais. e mais para o Final do Ano o 1º Cd da Banda. Só com Faixas inéditas, de autoria da Banda, embora já conheçam algumas musicas nossas como Nada é Impossível para mim, Te servir é meu Prazer e Jovem pra frente, que contaremos com Participação do Rapper D'Bronx.

Gostaram da entrevista? Então confiram o som da banda:

Contatos da banda:

web: www.seispor1.webnode.com.br

msn : email: banda6por1@hotmail.com

Tel:14-3018-7548

Cel:14-9691-0354 - 8115-6448

sábado, 1 de maio de 2010

Review do show do Moby

Os artistas internacionais costumam ignorar Brasília em suas turnês brasileiras, mas, diferentemente da maioria, o Moby fez questão de tocar na nossa capital.

Ele se define como um verdadeiro nerd de arquitetura e em seu post sobre a sua passagem por aqui disse que Brasília é a Meca para nerds de arquitetura.

Não vou dar muitos detalhes sobre o que ele disse. Se quiserem saber mais entrem em: http://www.moby.com/journal/2010-04-18/you-mightmight-not-know-brasilia-sort-me.html.

O neto de Hermann Melville, autor de Moby Dick (o pseudônimo é homenagem ao aovô), Moby, fez um show fantástico. Ele tocou as músicas que o consagraram, desde as animadas antigas até as calmas e depressivas atuais.

O que impressionou a maioria das pessoas é que ele nãoi foi com a sua pick up, mas ele estava na guitarra e voz com a sua banda. Algumas vezes também tocou tambor. Na sua banda havia duas vocalistas – sendo que uma delas também era tecladista -, uma baixista, uma violonista e um baterista, o único homem da banda. Um dos pontos altos do show foi um cover do Led Zeppelin. Moby tocou Whole Lotta Love perto do fim do show, levando o público ao delírio.

As músicas tocadas se destacaram:

In this world

Disco Lies

Porcelain

Go

Why Does My Heart Fell So Bad

Flower

Natural Blues

Outra coisa interessante foi ver os fãs com plaquinhas escritas “Hi”, “Hello” e “Hola” como no Clipe de In This World (http://www.youtube.com/watch?v=nas51x3ZQCg&feature=related).

Foi Realmente um show e tanto. Se vocês puderem assistir a um show do Moby não percam a oportunidade.